sexta-feira, 2 de agosto de 2013

"40 Horas na Memória" nas palavras vivas dos alunos de Paulo Freire




Há exatamente 50 anos, o Sertão Central do Rio Grande do Norte vivenciava experiência pioneira na alfabetização de jovens e adultos, com o Projeto 40 Horas de Angicos, idealizado pelo educador Paulo Freire, em 1963. Para resgatar essa experiência, a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Assecom/Ufersa) produziu o documentário “40 Horas na Memória: Resgate da Experiência dos Alunos de Paulo Freire em Angico/RN”, que estreia nesta quinta-feira, 01, no auditório do Centro de Convivência da Ufersa Angicos.


O vídeo tem como protagonistas 19 ex-alunos que vivenciaram aquela experiência. Hoje, eles já são idosos com idade acima de 70 anos, mas com uma memória recheada de ensinamento e muita gratidão. O documentário com o relato desses ex-alunos será lançado na quinta-feira, dia primeiro de agosto, no campus da Ufersa de Angicos, cidade onde Paulo Freire plantou sementes de conhecimento.


Os relatos foram filmados durante os meses de fevereiro e março e o documentário é ambientado nas residências de cada um dos participantes. “É uma forma de mostrar a realidade atual dessas pessoas, bem como resgatar a memória desses idosos, por meio da oralidade, após 50 anos dessa experiência pioneira na área da educação”, ressalta o diretor do documentário, jornalista Passos Júnior.
Como parte da programação comemorativa em alusão aos 50 anos do projeto 40 Horas, a Ufersa iniciou neste ano a construção do Memorial Paulo Freire, erguido dentro da sede da Universidade em Angicos e com previsão de ser entregue em 2014. O documentário será a primeira peça audiovisual produzida pela Instituição para o acervo do Memorial.



Além dos dezenove ex-alunos freireanos, o filme conta ainda com participação especial do poeta cordelista Hailton Mangabeira, na apresentação, e do músico Carlos Zens, assinando a trilha sonora do documentário.


"Eu agora não sou MASSA, eu sou POVO"
Dona Eneide acompanhava os pais durante as aulas do educador Paulo Freire, em Angicos. Leu essa frase em uma carta que sua mãe escreveu. Todos foram alfabetizados e aquela experiência transformou Dona Eneide em professora. No documentário "40 Horas na Memória", ela relembra a experiência que transformou a vida de sua família.


 "A pessoa que não sabe ler e não sabe escrever é cega. Saber é bom! (...) Quanto mais a gente estuda, mais aprende" - Paulo Sousa.
Seu Paulo Sousa foi aluno de Paulo Freire em 1963. Passados 50 anos, ele relembra no documentário "40 Horas na Memória", produzido pela Assecom/Ufersa, sua passagem por aquela experiência pioneira.


"Queria dizer a Paulo Freire 'muito obrigada' porque ele me tirou do medo, me tirou da desconfiança" - Maria Pequena.
Ela aprendeu a ler e a escrever no projeto "40 Horas de Angicos", idealizado pelo educador Paulo Freire, em 1963, e está no documentário produzido pela Ufersa.


"Não tenho medo de entrar em nenhuma rua errada porque eu aprendi a ler" - Dona Maria do Ferreiro
Ela foi aluna do projeto "40 Horas de Angicos", idealizado pelo educador Paulo Freire, em 1963, e está no documentário produzido pela Ufersa.

Fontes:
https://www.facebook.com/ufersa.assecom?ref=ts&fref=ts
http://www2.ufersa.edu.br/portal/noticias/8302/40%20Horas%20na%20Mem%C3%B3ria%20estreia%20nesta%20quinta-feira

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